Já terminei este livro muito interessante, apesar de eu gostar de livros grandes, que enrolam um pouco a história e que leio, leio e nunca mais acabo, este era bastante pequeno mas muito intenso.
Fez-me relembrar bons momentos, aqueles no inicio do meu namoro [já vão cinco anos, nossa], em que tal como as personagens do livro, nós também tínhamos muito desejo um pelo outro, também tínhamos uma vontade enorme de nos devorarmo-nos, também não tínhamos medo de sermos apanhados, também queríamos era dar e receber prazer [sempre]. Até que a rotina tomou conta de nós, e toda aquela chama e desejo permanente desapareceu. Ainda o desejo, todos os dias, mas não é a mesma coisa. Ainda nos provocamos, ainda temos os nossos momentos loucos e intensos, mas existe um brilho que desapareceu.
Ainda quero [e vou querer sempre], terminar os meus dias ao lado do meu amor, ainda quero fazer vida com ele, ainda quero ter filhos dele, e ainda quero continuar a ser feliz ao seu lado como sua namorada, como sua esposa, como sua amante, como sua amiga. Mas depois de refletir, compreendo o final do livro [que na altura não estava a compreender e como romântica incurável não estava a gostar nada do final]. Tal como a Viviane do livro, eu também não quero perder o desejo pelo meu namorado, não quero deixar de gostar dele, não quero que ele deixe de gostar de mim, não quero que ele esteja comigo quando não quer, não quero que nos odiemos, não quero que a nossa relação acabe, e muito sinceramente, tenho saudades daqueles tempos que ainda mal namorávamos, daqueles tempos que andávamos escondidos dos nossos pais, daqueles tempos em que o "proibido era o mais apetecível". Compreendo perfeitamente o que Viviane quis dizer, ela não quer perder aquilo que apenas "amantes" sem grandes compromissos tem, não quer perder o brilho que uma relação séria tira, não quer perder a emoção dos encontros ocasionais. Apesar, que o que mais quer é tê-lo ao perto dela, sempre, é ama-lo e ser amada.
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